Auto-mutilação. Busque ajuda!
Na auto-mutilação há uma agressão direta ao próprio corpo, que tem por objetivo aliviar algum tipo de tensão emocional. Não há intenção consciente de suicídio. A criança, adolescente e também adulto podem além de se cortar, se bater, se queimar e se arranhar. Todos estes atos são tentativas de lidar com sentimentos intensos perturbadores. Estudos mostram que este comportamento começa por volta dos 12 anos e pode se estender a vida adulta.
Quando alguém se corta, o cérebro libera endorfina, o que traz alívio da dor psicológica. Por causa da liberação da endorfina este ato de se cortar pode provocar um comportamento compulsivo. Se sinto alívio meu cérebro vai repetir esse comportamento numa tentativa de obter uma atenuação do sofrimento.
As pessoas que tem este tipo de comportamento costumam ter muita dificuldades em expressar seus sentimentos ou manifestam de maneira inadequada (ataques de ira ou por exemplo inibição extrema).
Muito embora, nem sempre esse seja o caso, as pessoas que se auto-mutilam podem ter outros transtornos associados como depressão, transtorno bipolar, transtorno boderline, alimentar etc...
Crianças, adolescentes ou mesmo adultos que se cortam, tentam de alguma maneira esconder as marcas deste ato usando blusas de manga longa, explicando com qualquer desculpa se alguém pergunta sobre o machucado.
Lembre-se a pessoa que está fazendo isso, está com intenso sofrimento emocional e precisa de ajuda psicológica para tentar de alguma maneira enfrentar e lidar com toda essa dor. Cortar-se é um sintoma suficientemente severo e precisa de ajuda o quanto antes. O trabalho de tomada de consciência com relação a auto-flagelação, o apoio, suporte do especialista com relações as emoções é extremamente essencial para que a pessoa se sinta acolhida e segura num ambiente totalmente protegido para poder trazer a tona seus conflitos e solucioná-los da melhor maneira possível.
"Algumas vezes eu estava tão ansiosa, que sentia como se estivesse deixando meu corpo e que se eu não fizesse algo para parar isso, iria explodir. Eu me automutilava para tirar a minha mente dessa ideia. Eu simplesmente não ligava para o que iria acontecer".
"Eu sempre tiro um tempo para cuidar de mim e medito. Eu passei os últimos dois anos me recuperando de um distúrbio alimentar e problemas como minha automutilação e minha bipolaridade. Tenho que trabalhar isso todo dia. E sou lembrada disso toda que vez que como ou me sinto triste."
Demi Lovato
A Automultilação funciona como uma espécie de “analgésico emocional”.
Esta frase foi tirada deste Blog que achei interessante para complementar nossa matéria:
Por tras deste ato há uma intensa dor emocional. Isto não é frescura! Não julgue, não condene, somente apoie e procure um especialista em que possa confiar. A Terapia é essencial durante o processo e pode ser preciso apoio médico para enfrentar a crise.